Se espera que as mudanças nos carros da F1 proporcionem um espetáculo mais emocionante e torne as coisas especialmente desafiadoras para os pilotos. Mas algumas pessoas temem que o aumento da pressão aerodinâmica possa diminuir as oportunidades de ultrapassagem.
Então vamos dar uma olhada na maneira como essas mudanças vão afetar a aparência dos carros de 2017, com a comparação de um carro de 2017 genérico com a Ferrari SF16-H.
É claro que se observa mudanças significativas, mas quando se observa pequenos detalhes de alguns aspectos, as novas regras vêm à luz.
Foto: Giorgio Piola
Talvez a asa dianteira seja um dos elementos aerodinâmicos mais importantes do carro. O ar que ela recebe é responsável pela execução de todas as outras estruturas da mesma.
O verdadeiro impacto dos regulamentos de 2009 nunca será conhecido, já que os difusores duplos utilizados em 2009 e 2010, seguido pelos difusores de escape de várias formas no período de 2010 a 2013, mudou a intenção do que o grupo de trabalho técnico havia introduzido inicialmente.
Para 2017, a parte "neutra" será mantida, no entanto, uma parte triangular na borda da asa dianteira, segue as mesmas linhas diagonais.
Foto: Giorgio Piola
Os aumentos da asa na largura - de 1.650mm para 1.800mm, estará junto com a mudança no tamanho do pneu, que aumenta de 245mm para 305mm.
Essas alterações nas dimensões e na forma da asa terão um efeito significativo sobre seu desenho. O aumento da largura do carro, devido aos pneus mais largos, não se limita apenas à asa dianteira, porque a largura do piso também será aumentada, de 1400mm para 1.600mm.
Foto: Giorgio Piola
O tamanho das placas serão dramaticamente aumentadas para ajudar a melhorar o fluxo de ar em torno da frente do carro e limitar o efeito do rastro do pneu nessa região.
Foto: Giorgio Piola
A prancha foi reduzida em seu comprimento em 100mm, para acomodar as alterações efetuadas na parte neutra da frente.
A largura dos pneus traseiros será aumentada para 405mm, o que claramente tem um impacto sobre a aderência. Mais liberdade nas regras do assoalho poderia levar a algumas soluções interessantes.
Foto: Giorgio Piola
O difusor terá um espaço muito maior daqui para a frente, com a sua garganta inclinada a partir de 175mm à frente do eixo da roda traseira, em vez de sobre ele. A altura em que ele termina será de até 50mm (de 125 para 175mm).
Foto: Giorgio Piola
O design da asa traseira também será dramaticamente diferente, com as placas terminais colocadas diagonalmente para trás, para mover o ponto em que a estrutura de fluxo de ar do difusor interaja com a asa traseira. A altura total também foi reduzida, mas será 200mm mais larga.
O impacto das mudanças
O regulamento de 2017 parecem ter nascido de uma necessidade de corrigir a aparência estética dos carros. Dito isto, a intenção será reduzir os tempos de volta em até cinco segundos, algo que deve ser facilmente realizado neste quadro, com voltas de pole caindo a cada GP.
Os temores de que os carros não sejam capazes de seguir um ao outro deve ser respondidos porque a maneira pela qual as asas dianteiras e traseiras foram desenhadas, devem atenuar qualquer aumento da pressão aerodinâmica, simplesmente mudando o perfil do carro e da sensibilidade da asa dianteira.
Um dos principais problemas que o esporte tem tido desde 2014 é do peso. Os carros estão transportando cerca de 50kg a menos de combustível, mas eles ainda são muito mais pesados do que os V8. Isto se dá principalmente devido ao peso e a embalagem dos componentes da unidade de potência extra.
Isso se torna um problema quando você percebe no peso de classificação, eles estão atualmente 60 kg mais pesado, e deverá aumentar mais 20kg em 2017. Isso será devido ao aumento do peso dos elementos de suspensão e de frenagem, que acomoda o aumento em tamanho, o peso e a inércia das rodas e dos pneus.
A redução de peso em escala não é realmente viável, mas uma maneira de aliviar o problema é aumentar o downforce e mudar a abordagem nas curvas, que é o que vamos ver em 2017.
Essas alterações têm efeito significativo sobre o estilo de condução que precisa ser empregado, com uma mudança de abordagem não só na freada, mas também de como a aceleração será aplicada no meio do raio da curva.